sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) recebeu nove notificações neste ano, ante as 90 registradas em 2007.

Matéria do G1
A criminalização dos dois maiores acidentes aéreos da história do país - a colisão entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, em 2006, e a tragédia com o Airbus da TAM, no ano passado - fez despencar o número de relatórios confidenciais para a segurança de vôo (RCSV) encaminhados por tripulantes à Aeronáutica. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) recebeu nove notificações neste ano, ante as 90 registradas em 2007.

A emissão do RCSV não é obrigatória, mas se tornou uma das principais ferramentas de que os militares do Cenipa dispõem para elaborar planos de prevenção. Embora possam ser anônimos, não é difícil identificar o emissor do documento. 'Quando um tripulante elabora um relatório e depois vê aquilo sendo usado judicialmente, ele se sente inibido e deixa de colaborar', disse, na segunda-feira (15), o chefe do Cenipa, brigadeiro Jorge Kersul Filho. 'Não estou dizendo que a Justiça não deve investigar, mas nossas ações devem correr em paralelo.'

A legislação sobre o assunto veta a utilização de RCSV 'para relato de fatos que constituam crime ou contravenção penal de qualquer natureza'. Na prática, porém, as notificações têm servido como prova em ações tanto na esfera cível quanto na criminal. Também há temor por parte das empresas de que ocorrências consideradas corriqueiras, como uma arremetida, causem pânico entre passageiros e parem em CPIs.

'Essa exposição desmedida jogou no lixo um trabalho de mais de 30 anos da FAB. Agora, será difícil reverter essa desconfiança dos tripulantes', diz Ronaldo Jenkins, diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

O primeiro sintoma de que tripulantes e companhias haviam criado resistência aos relatórios surgiu após o acidente da Gol, em setembro de 2006. De 2005 para 2006, o número de RCSVs caiu 76% (de 159 para 38). As informações são do jornal 'O Estado de S. Paulo'.

Comentário Feito por um internauta “Rodz”na Comunidade aperfeiçoado por mim...

Não é verdade, hoje qualquer Piloto envolvido em um Incidente ou Acidente aeronáutico é obrigado a fazer seu relatório, mesmo que seja para se defender (ou alguém é besta de não se defender?), que conseqüentemente é enviado para o segurança de Vôo e para as autoridades, só deveria ter que ser enviado para a justiça também, visto que hoje existe um descaso das autoridades em realmente resolver o problema, Nós temos que pensar que aviação mata e como existe vidas de seres humanos em risco tem sim que ser levado em consideração a justiça para punir os culpado, quem não for o CVR,FDR e FOCA vão inocentar, não fez relatório deve ser culpado por omissão.
Este silencio só ajuda a Insegurança, nos últimos acidente no Brasil de Grande porte só andou a investigação por causa da Justiça. Ai de nós se não existisse a Justiça.
Como já falei hoje não precisa mais de ajuda dos atores envolvidos no acidente direta ou indiretamente, tudo está gravado. Basta aplicar a punição por ter violado as normas e se for um caso novo como no caso do Acidente de Congonhas, aplicar o novo fator responsável como é um fato a RMAP. Do jeito que está todos estamos sabendo que se quiser arremeter hoje não podemos pela própria limitação de certos tipos de aeronaves e nada foi feito pelas aeronáuticas depois de um ano de risco real. Por outro lado é bom ver os militares preocupados, vendo que a Justiça está de olhos abertos agora.Nada como a impunidade para atrair Acidente Aéreo.

Resumindo o (Cenipa) está em descrédito junto aos aviadores por não tomar atitudes, basta ver a aplicação da RMAP que ainda não foi feito, pelo jeito a Justiça vai fazer acontecer novamente.

Pergunto: Quem vai procurar quem nada faz para evitar acidentes!

Roberto Milán

Um comentário:

Philipe Pacheco disse...

Incrível!!!!
Você consegue enfiar esse RMAP em todos os assuntos...
Mesmo quando não tem NADA a ver o senhor dá um jeito de colocar no assunto.
Seria necessidade de afirmação ao extremo????